Um olhar, em meio à confusão da Cidade...

...agosto é um mês marcante para mim, primeiro por ser o mês do meu nascimento, depois
por estarmos numa estação não definida
De fato estamos no inverno, mas rumo à primavera.

Há dias frios que me fazem recordar a neblina londrina.
E há dias mágicos como o de hoje, bem primaveril.

Como todos sabem o trânsito de São Paulo, beira ao caos,
...mas hoje, estava atravessando uma alameda, quase que sozinha
a passagem durou menos que 3 minutos, mas eternizou em minha memória
por longas horas.
Passei ao lado de árvores já floridas, nesta época, a minha favorita que é o ipê amarelo
está carregado de flores... passei saboreando as cores, as folhas e flores...
E a sensação? ah a sensação de tranquilidade, uma manhã linda e fresca de sexta feira!
Olhei árvore por árvore, flor por flor e observei que estavam caindo as folhas
para dar espaço às flores.

Quando bateu uma brisa, seguido de uma rajada mais forte de vento...
...como que borboletas ou pássaros em revoada... as folhas então mortas no chão
ganharam vida,
Bailaravam sobre mim, e meu carro, subiram ao alto, misturavam se umas as outras
retornando então sem vida ao chão....

Sem vida? Perdõe me caro leitor. Quem disse?
Foi quase como um passo, coreografado de todas elas juntas,
dançando ao vento, e quando passei com meu carro, elas foram novamente
espalhadas pela rua...
E fiquei lá, fitando-as pelo retrovisor, contemplando,
o seu bailar, até novamente, cairem ao chão.

Damaris